Em Informação de Proximidade o autor dá conta de todas as transformações que a comunicação social de proximidade (imprensa e rádios locais) sofreu nos últimos anos, desenhando também o que poderá vir a ser o futuro deste sector da informação. A chamada informação de proximidade tem, em Portugal, características únicas, não só pelo importante papel num país com elevados níveis de iliteracia e com baixas taxas de leitura, como também pelo proteccionismo que tem merecido por parte do Estado e que, como se torna visível nesta obra, não tem contribuido para melhorar a sua qualidade nem para aumentar a sua difusão. Do estabelecimento no programa dos XV e XVI Governos Constitucionais, à reforma da comunicação social do Estado, passando pelo diagnóstico actual, completo e rigoroso da informação de proximidade, à comparação com os modelos europeus, bem como das alterações da reforma em curso, Feliciano Barreiras Duarte apresenta neste livro os fundamentos e o futuro de um modelo que implementou e que pretende qualificar e profissionalizar um segmento de mercado com elevado potencial de crescimento mas que pouco uso tem feito das suas próprias potencialidades. Esta é, pois, uma obra que interessa a jornalistas, radialistas, proprietários de jornais e rádios regionais e locais, estudantes de comunicação social e, em geral, a todo o público que se interessa pelos fenómenos da comunicação, cada vez mais importantes na sociedade contemporânea.

O estudo comparativo e correlativo da primeira adaptação, à língua portuguesa, da Escala de Aptidões Psicomotoras e de Aprendizagem (McCarthy Scales of Children' s Abilities), envolveu uma pequena amostra de 32 crianças de ambos os sexos e oriundos de classes sociais médias. Com idades compreendidas entre os 4 e os 8 anos, as crianças da amostra estavam integradas escolarmente desde a pré-escola ao 2.º ano do 1.º ciclo, e foram seleccionadas paritariamente em dois grupos: um com rendimento normal de aprendizagem (Grupo N), e outro, caracterizado com dificuldades de aprendizagem (Grupo DA) de acordo com a Escala de Identificação do Potencial de Aprendizagem que segue as definições mais prestigiadas por instituições, comités e academias científicas internacionais. O objectivo de estudo centrou-se na identificação e comparação de Aptidões Psicomotoras (construção de cubos, quebra-cabeças, sequências rítmicas, orientação direita-esquerda, cópia de desenhos, desenho do corpo e formação de conceitos), Motoras (coordenação de membros inferiores, coordenação de membros superiores e imitação) e de Aprendizagem (verbais, numéricas e de memória - consideradas como índice geral cognitivo). Os resultados obtidos sugerem diferenças significativas entre os dois grupos estudados, ilustrando uma elevada correlação entre as aptidões psicomotoras e as de aprendizagem ilustrando a sua estreita conexão neuroevolutiva, e uma baixa correlação de ambas com as aptidões motoras, suportando uma clara distinção entre psicomotricidade e motricidade, como atestam as correntes mais respeitadas do desenvolvimento psicomotor e o seu impacto na aprendizagem escolar. A análise estatística, revela que as crianças do Grupo N são superiores em todas as variáveis em comparação com as do Grupo DA, sugerindo neste grupo a persistência de défices neuropsicológicos básicos e a identificação de perfis de DA precoces que podem interferir com o sucesso escolar prospectivo.

Tocado pelos rubores do Maio de 68, O Deserto Habitado é um romance cuja acção decorre no ano de 1971. Olegário Crispim é o pseudónimo do temível crítico de televisão que durante anos provocara graves danos na imagem da Estação Única, mercê de textos portadores de grande virulência. Um dia, o plumitivo leva longe demais o seu zelo judicativo e é suspenso das funções de crítico. Envereda pela carreira de folhetinista, fazendo a cobertura de casos de polícia. É nesta condição que é enviado à comarca do Alentejo para cobrir o julgamento de um pastor que assassinara a mulher. É durante o julgamento que vai recordar o seu próprio percurso amoroso e profissional, bem como momentos da infância em que a coragem aparece como elemento determinante na formação da personalidade. Júlio Conrado desenha aqui uma imagem de um período e de uma realidade em que a força de carácter começava a prevalecer sobre a torpeza do espírito.

Estaremos porventura hoje em melhores condições para entender o título que Rodrigo de Castro deu ao seu livro, medicus politicus. Trata-se de saber qual a função da medicina dentro da pólis, da cidade, e, por conseguinte, como é que o médico pode alcançar a sua perfeição individual no seio da comunidade em que vive. Para Rodrigo de Castro é evidente que a medicina é uma actividade social ou, se quiserem, política, e que, por conseguinte, o médico não pode lograr a sua perfeição moral individualmente, autonomamente, mas tão-só no interior da sua comunidade natural. Só aperfeiçoando esta se aperfeiçoará a si mesmo. Diego Gracia

Este libro se concibió como la aportación de los autores del mismo, profesores de las áreas de Ciencias y Técnicas Historiográficas e Historia e Instituciones Económicas de la Universidad de Valladolid, al proyecto "Poder, sociedad y fiscalidad en la Meseta Norte castellana en el tránsito del Medievo a la Modernidad" . Pensamos que la contribución podría estar relacionada con el estudio y descripción de documentos en los que aparecieran mercaderes y cambiadores, y para ello elegimos los protocolos notariales conservados en el Archivo Histórico Provincial de Valladolid y optamos por ofrecer la información individualizada de cada uno de los documentos en un catálogo. En un primer momento nos planteamos la revisión de los protocolos de todas las localidades de la provincia de Valladolid datados con anterioridad a 1550, y así se hizo con los de Tordesillas, Simancas y la propia villa de Valladolid -en este último caso llegando hasta la década de los años 30-. Nos vimos obligados a replantear el proyecto inicial de alcanzar la mitad de siglo cuando el volumen de documentos procedentes de los protocolos de Medina del Campo, que hasta 1520 ronda los 6.000, nos desbordó. En la tarea de selección de documentos nos hemos topado con algunas dificultades, comenzando con la propia identificación de los mercaderes y cambiadores, bien porque el notario no especifique el oficio o bien porque le atribuya otro próximo a actividades comerciales. Hemos optado por no incluir el documento en el catálogo a no ser que tuviéramos la certeza de que el individuo era mercader o cambiador, en cuyo caso el oficio va entre corchetes. Otro escollo es la dispersión de los documentos referentes a un mismo negocio en un legajo e incluso en legajos diferentes que, en ocasiones, las menos, no nos ha permitido agruparlos en un único registro, como ha sido el criterio utilizado en la mayoría de los casos. Ejemplo de ello son los abundantes testimonios relativos a un determinado proceso que los notarios de Medina de Rioseco nos proporcionan a lo largo de sus protocolos intercalados con otras escrituras u otros autos judiciales. Pensamos que el catálogo tendría que ir acompañado de unos capítulos introductorios concebidos para acercar al investigador a los notarios y sus protocolos, a la tipología de los documentos y a los protagonistas de los mismos, mercaderes y cambiadores. Este tipo de trabajos, entendemos, se ha de completar necesariamente, y así se ha hecho, con unos índices que posibiliten la búsqueda de la información. Hemos tenido la fortuna de poder acompañar la edición con la copia digital en un CD que hará que las búsquedas sean más fáciles, rápidas y variadas, pudiendo orientarse a los intereses de cada investigador. No queremos dejar de expresar nuestro agradecimiento a Ediciones Universidad de Valladolid y a su Consejo Asesor por haber tenido a bien aceptar y colaborar en la edición de esta obra. Por último, deseamos mostrar nuestra gratitud al director del proyecto, Juan Antonio Bonachía Hernando, por incorporarnos a su equipo, por apoyar la realización de este libro y por su implicación. Y por su infinita paciencia.