Este libro pretende ser una aportación novedosa a la obra de un autor complejo y muy estudiado, fundamentalmente en Brasil, pero también en otros países. A lo largo de sus páginas, y desde perspectivas diversas, se aborda el estudio de la obra de João Guimarães Rosa (Cordisburgo, Minas Gerais, 1908 - Río de Janeiro, 1967), un escritor que como apunta Carlos Nejar, foi, acima de tudo, um genial poeta que não se satisfez com rimas, nem com o tamaño regular do poema, transpôs os litorais da prosa, as montanhas da ficção, os ríos selvagens das metáforas, domou os cavalos dos …
[POR] Tomando como ponto de partida a leitura textual de Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa, este estudo evidencia o projeto ficcional de compor Paisagens da Memória, configurando-as com base em noções teóricas de natureza crítico-literária e filosófica. Tais noções possibilitam a transgressão de espaço e tempo, na medida em que elucidam o desejo de «transcendência» nomeado pelo autor, em carta a um de seus tradutores. Para tanto, este estudo examina a eficácia da reflexão do crítico Michel Collot, representada, sobretudo, pela imagem do «pensamento-paisagem», e a do filósofo François Jullien, articulada pelas «transformações silenciosas» enquanto mediações produtivas para a compreensão do …
[POR] O motivo da donzela-guerreira ou da donzela que vai à guerra remonta a uma tradição de origens incertas, mas bastante fecunda a partir do século XVI na Península Ibérica e, posteriormente, em terras brasileiras, sobretudo, no romanceiro nordestino. O objetivo deste trabalho é apontar como Guimarães Rosa recupera e atualiza, em Grande sertão: veredas, o tema da donzela-guerreira, cujas raízes ibéricas encontram-se no romanceiro tradicional e na novela de cavalaria.
Palavras chave: doncella guerrera; Grande sertão: veredas; novela de cavalaria.
[SPA] El tema de la doncella guerrera o de la doncella que va a la guerra pertenece a una tradición de orígenes inciertos, aunque …
[POR] Com base em Grande sertão: veredas (1956), o presente ensaio procura destacar e discutir procedimentos artísticos e leitura crítica do Brasil que inscrevem a obra de Guimarães Rosa na ampla esfera do modernismo brasileiro, estabelecendo um arco temporal que vai da Semana de 22 à década de 1950, sem se fechar em cículo. Do modernismo deriva a negação de valores literários emanados de uma ordem oficial elitista, e a absorção no relato culto da mistura linguística, cultural, étnica, social da formação brasileira, apresada por diferentes usos transgressores da língua em consonância com as vozes populares. Nessa reviravolta de princípios poéticos, a …
[POR] A proposta deste ensaio é realizar uma análise da novela Buriti, narrativa de Guimarães Rosa, que faz parte de Corpo de Baile. Pretende-se refletir sobre a ruptura dos códigos rígidos que imperavam no Buriti Bom. A hipótese dessa leitura é que tal ruptura é deflagrada pelas personagens de fora, sobretudo por Lalinha, que é levada pelo sogro para o sertão, para onde carrega não apenas os seus pertences, mas também os costumes característicos da cidade, em tudo diferentes daquele mundo fechado. Objetiva-se mostrar que, à sua chegada, uma nova ordem começa a se implantar, a qual aos poucos vai minando os …
Este libro pretende ser una aportación novedosa a la obra de un autor complejo y muy estudiado, fundamentalmente en Brasil, pero también en otros países. A lo largo de sus páginas, y desde perspectivas diversas, se aborda el estudio de la obra de João Guimarães Rosa (Cordisburgo, Minas Gerais, 1908 - Río de Janeiro, 1967), un escritor que como apunta Carlos Nejar, foi, acima de tudo, um genial poeta que não se satisfez com rimas, nem com o tamaño regular do poema, transpôs os litorais da prosa, as montanhas da ficção, os ríos selvagens das metáforas, domou os cavalos dos …
[POR] A linguagem ricamente elaborada de Guimarães Rosa constitui um verdadeiro obstáculo para a transposição de suas narrativas para outras mídias. Apesar disso, alguns produtores aceitaram o desafio, tendo sido realizados filmes ou minisséries a partir de Grande sertão: Veredas, O duelo, Manuelzão e Miguilim, Primeiras estórias. Sobre os contos deste último livro, destacam-se duas adaptações para filmes. A primeira, que adotou como título A terceira margem do rio (1993), foi realizada por Nelson Pereira dos Santos. Poucos anos depois foi realizada a segunda, Outras estórias (1999), dirigida por Pedro Bial. É importante observar que a riqueza estilística de Guimarães Rosa torna difícil não só a recriação da …
[POR] Sagarana mantém fecunda unidade sob a diversidade, fato enfa¬tizado pelo próprio Rosa, que, em entrevista a Ascendino Leite, propunha que o neologismo que cunhara poderia ser também lido com o sentido de «à semelhança de uma saga». Tal saga seria a da formação do Brasil, cujos caminhos e descaminhos se podem rastrear nos percursos de personagens e nas vozes narrativas que tecem os textos e apresentam mundivisões que se podem considerar modos de pensar o Brasil. Também Guimarães Rosa se propôs a interpretar o Brasil num período em que muitas obras funda¬mentais desse feitio foram lançadas. Neste trabalho, investiga-se …
[SPA] João Guimarães Rosa, considerado uno de los autores más audaces y renovadores de la literatura brasileña del siglo XX, declaraba abiertamente su rechazo a los clichés y a los lugares comunes del idioma, así como su vocación por el neologismo lingüístico. Una lectura menos focalizada en el regionalismo o en el autobiografismo de su relato póstumo «Páramo» revela, sin embargo, la incorporación de muchos «lugares comunes» de la tradición europea (clásica, medieval, barroca...). Este trabajo estudia su función en la construcción de un relato propio: cómo la misma técnica de la acronimia se traslada a la estructura semántico-narrativa del …
[SPA] Este trabajo concentra sus esfuerzos en la construcción de un balance sobre algunas de las principales lecturas en clave barroca que la crítica literaria ha efectuado sobre la producción narrativa del escritor brasileño João Guimarães Rosa, y en especial de su obra cumbre Grande Sertão: Veredas (1956). A continuación, a partir de estas lecturas, el propósito de estas páginas será la discusión sobre un nuevo enfoque, el barroco transatlántico, que no sólo situará la literatura de Guimarães bajo la óptica de los más recientes parámetros de análisis cultural, sino también permitirá el acceso a una obra que, a través de múltiples …
[POR] Uma correspondência literária, articulada a um contexto histórico e cultural e contendo reflexões estéticas e filosóficas, constitui o corpus de interesse desta apresentação, que considera as cartas inéditas de Guimarães Rosa (1908-1967), reunidas no acervo do Arquivo da Academia Brasileira de Letras (ABL) ou trocadas com amigos e familiares, - um material fascinante, que não é simplesmente um testemunho sobre vidas privadas, mas um ponto de fusão entre literatura e vida, documento e arte. Nas cartas, de modo sugestivo e atraente, o missivista-diplomata não esconde o seu interesse pela geografia humana, desenhando «personagens e cenas» nas variadas cidades pelas quais a …
[POR] O objetivo deste artigo é imaginar se Guimarães Rosa seria mais uma estrela na constelação de escritores admirados por Walter Benjamin, ao lado de Proust e Baudelaire; afinal, são muitas as afinidades eletivas entre Rosa e Benjamin. Ambos são escritores místicos e míticos, que colocam a linguagem acima de tudo e a literatura como meio para explorar indagações filosóficas e metafísicas. A proposta é pensar como questões levantadas pelo filósofo alemão, nos ensaios «A imagem de Proust» e «Sobre alguns temas em Baudelaire», relampejam em Grande sertão: veredas. Entre os principais aspectos analisados estão o tempo, o entrelaçamento entre o …
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